terça-feira

Portugal no seu melhor


Um estudo realizado em 135 países, pelo Banco Mundial, sobre as condições reais de vida das empresas, publicado pela Prémio, informa-nos que Portugal foi dos países que mais melhorias fez para as empresas se desenvolverem, mas que, ainda assim, continua tendo uma das piores economias da União Europeia.
Portugal está entre as 10 nações do mundo que mais reformas implementou (em 1º lugar encontra-se a Eslováquia.), para melhorar o ambiente de evolução de uma empresa: flexibilizou as leis laborais, reformou a acção executiva e consolidou os Centros de Formalidades de Empresas, diminuiu o tempo de cobrança de dividas não pagas e melhorou os níveis de informação de crédito.
No entanto, mantém ainda uma grande rigidez no que diz respeito à relação com os trabalhadores, nomeadamente nos horários e nas formas contratuais, o que faz com que também haja grandes barreiras à contratação.

Há necessidade de implementar uma maior abertura nesta relação, e no que diz respeito ao despedimento: Um trabalhador em Portugal, com 20 anos de casa, recebe 94 vezes mais que um em Singapura.
Portugal tem ainda demasiadas burocracias, uma conjuntura de legislações laborais e um nó tributário que oprimem a actividade empresarial, resultando numa obstrução à criação de empregos por um lado, e incentivando a economia paralela, por outro.
Segundo o estudo, demoramos demasiado tempo para abrir e fechar uma empresa, comparativamente com outros países, nomeadamente a Irlanda, o que faz com que brotem menos novos projectos.
Portugal tem também, para agravar, uma grande morosidade quando toca a rapidez na cobrança de dívidas. Esta justiça, morosa e ineficaz, repele os investidores, que nos são tão importantes, nomeadamente os estrangeiros.

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Em suma, apesar dos esforços desenvolvidos, em Portugal, para implementar novas reformas, que visam o melhoramento da progressão económica, há ainda, um longo caminho a percorrer de simplificação de burocracias e flexibilização da legislação laboral.
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Portugal tem vindo a ter uma estratégia económica errada, desde o “condicionamento industrial” salazarista juntamente com o actual sistema educativo medíocre, falta de quadros qualificados, com sectores públicos paternalistas , mas que, mesmo assim é um dos países com uma das mais elevadas dinâmicas de progresso. Aumentamos o nosso produto, aproximamo-nos dos países ricos, temos mais médicos que muitos países ricos, a mortalidade e o analfabetismo estão cada vez mais a diminuir.
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Ora com tal quadro, é quase inverosímil o facto do país estar em tão forte desenvolvimento. Como seria se tivéssemos as mesma oportunidades, que outros países têm?

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